segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Escolhas.

Sempre temos que escolher alguma coisa, algumas escolhas são necessárias, outras talvez não. Eu estou em um momento de escolha, tenho que escolher algo que talvez pode mudar o rumo de algumas coisas que eu faço, e talvez esse seja o principal motivo de estar escrevendo aqui hoje, a necessidade de ler algo que fale sobre essas tais escolhas.

A gente sempre cresce aprendendo a escolher isso ou aquilo. Sempre temos o conceito dos mais velhos sobre o que é certo ou errado, sobre o que escolher, o que seguir. Será que realmente um outro alguém sabe o que é melhor pra nós mesmos? Será que devemos fazer nossas escolhas baseadas no que dizem outros pessoas? Afinal, devemos fazer também essa escolha de ouvir ou não os outros?

Uma vez eu li que não são nossas qualidades que nos definem, e sim nossas escolhas, mas nossas escolhas são diretamente influenciadas por nossas qualidades. Não tem como alguém que se dá bem com as pessoas, que gosta de estar no meio delas, que vive sempre bem humorado escolher trabalhar em um escritório aguetando mal humor dos outros. Ou não tem como alguém que gosta de lidar com números, que gosta de solucionar problemas, fazer a escolha de trabalhar cuidando de crianças.

São as nossas escolhas que irão formar o curso da nossa vida, é através dela que iremos saber como será o nosso próximo passo. A escolha no agora irá fazer o próximo momento ser definido. Por questões de segundos podemos decidir arrumar uma briga tola com alguém e depois se arrepender por ela ter sido tão banal. Ou por esses mesmos segundos, um momento em que escolhemos guardar para nós mesmos uma palavra que seria bem dita à alguém, nos vemos perdendo uma chance que não teremos outra igual.

Sócrates sempre disse que se você resolver andar, ande. Se quiser falar, fale. Se for amar, ame. Se tem algo a falar, fale. Não importa o que você for escolher, apenas escolha e faça. Siga em frente sabendo que essa escolha que você fez que está decidindo seu rumo, e em momento algum vacile em pensar como seria se não tivesse escolhido isso.

Faça sua escolha. Não se preocupe com alguém dizendo se ela é certa ou não. Cabe só a você julgar isso. Pense em você, nas pessoas a sua volta e quando for escolher veja o quanto isso fará bem para você e para elas. Se tiver algum tipo de escolha certa deve ser essa, a de fazer a escolha vendo o melhor para todo mundo.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Dupla Dinâmica.

A gente sempre vê diversas duplas em seriados de televisão, desenhos, ou filmes que pensamos nunca ser possível ter alguém pra fazer dupla com a gente e ir tão além do que pensavamos que conseguiriamos ir sozinho.

Catatau e Zé Coméia, Batman e Robin, queijo com goiabada, Tico e Teco, Salsicha e Scooby, Tunico e Xaropinho, cisco e olho, enfim poderia ficar aqui falando de todas as duplas que conheço mas não é esse o intuito deste post, a idéia é falar sobre a minha dupla. Eu posso dizer que sou muito feliz pela dupla que eu tenho, uma pessoa chata e irritante, mas que sempre está viajando comigo nas idéias conspiracionais, que me anima sempre que é preciso, que me ouve cada vez que tenho que desabafar, que sempre me faz companhia no msn, que me oferece comida, que não vive sem mim, enfim, uma pessoa muito sortuda por me conhecer.

É Buxa, já fazem uns sete anos de amizade, mas parece que a gente se conhece desde pivetinhos né, nunca vi alguém dar tanta corda pras minhas idéias e ainda por cima viajar tanto quanto eu.

Tantas promessas, tantas risadas, tantas vezes um ombro amigo, tantas vezes que você foi esse anjo que Deus colocou na minha vida e muitas vezes eu nem soube retribuir. Acho que desde antes da gente nascer o Cara lá de cima já havia decidido que um iria fazer parte da vida do outro, que você ia ser uma menina tão chata que iria precisar de um cara legal pra compensar.

Ahh Buxa, tá bom já né?? Resumidamente você é minha Catatau e pronto. :D


E lembre-se... "Olhe sempre pra esquerda e veja os campos azuis. O José da Penha e Silva tem dois cachorros, e um deles chama Kiko."

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Da luta não me retiro...

... me atiro do alto e que me atirem no peito. Da luta eu não me retiro.

Tem dias que parece mais fácil desistir de tudo. A gente passa por cada situação, bate de frente com tantos obstáculos que não entendemos o porque da vida ser tão difícil. Comigo isso acontece diversas vezes, sempre me colocava no papel de vítima, mas depois de ontem, de ter dito uma boa conversa com uma velha amiga, fez com que eu começasse a ver e a agir diferente. Ela me disse algo que já havia ouvido várias vezes, mas nunca tinha pensado sobre isso, me disse que não devemos entender o porque das coisas serem assim, mas sim o para que elas acontecem.

E depois de pensar sobre isso entendi que não importa o porque, e realmente o para que elas acontecem, e cheguei a uma simples resposta, elas acontecem para que nós possamos evoluir cada vez mais, dar valor ao que se tem de bom na vida e se fortalecer com as coisas ruins que acontecem.

Sempre admirei os super-heróis que enfretavam o seus inimigos sem nunca se preocupar com a força deles, iam e davam seu máximo em cada luta, e no fim das contas saiam sempre vencedores, e como qualquer criança, fantasiava um dia ser um desses super-heróis. Hoje consigo ver que para ser um desses super-heróis, não é uma capa ou um superpoder que vai definir, e sim essa vontade de dar o máximo a cada luta, e também vejo que o vilão pode ser os problemas que encontramos durante nossa jornada de vida.

Decidi me tornar um super-herói no momento em que fiz a escolha de não me entregar aos problemas, de dar o meu máximo e nunca desistir perante qualquer dificuldade, afinal de contas, se eu abandonar a minha própria luta, quem que vai lutar por mim? Cada um tem a sua própria luta pra vencer.

Nunca desanime, por mais difícil que seja, lute. Dê o máximo de você em cada luta, tenha certeza que pode aprender algo novo diante de cada situação que você enfrentar. A vida é e sempre será baseado no agora, se agora você desistir de lutar por ela, que vida você vai ter? Lute.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Afinidade

Afinidade acontece. um mesmo signo, um mesmo par de sapatos caramelo, um mesmo livro de cabeceira. Afinidade acontece entre seres humanos. A mesma frase dita ao mesmo tempo, o diálogo mudo dos olhares e a certeza das semelhanças entre o que se canta e o que se escreve. Afinação acontece. Um mesmo acorde, um mesmo som, uma mesma harmonia. Afinação acontece entre instrumentos musicais. A mesma nota repetidas vezes, a busca pela perfeição sonora e a certeza das similaridades entre um tom acima e um tom abaixo. A incrível mágica acontece quando os instrumentos musicais descobrem afinidades humanas entre si, no mesmo instante em que os seres humanos descobrem afinações musicais dentro deles mesmos.
(Fernando Anitelli)

Quem nunca conheceu uma pessoa e em tão pouco tempo sentiu como se a conhecesse a anos? Ou quem nunca se sentiu a vontade com alguém que parecia te conhecer melhor que você mesmo?

Acredito que em um plano maior, as almas devem estar conectadas, até mesmo fazem parte de um só todo, e é exatamente por isso que essa sensação de afinidade existe. A afinidade pode ser encontrada em diversos locais e nem sempre fica explicita logo da primeira vez. Já passei por casos de conhecer a pessoa a anos e nunca ter conversado com ela, mas hoje em dia, depois de um tempo de conversa pude ver o quão ligado somos e o quanto temos em comum.

Em outros casos, conheci pessoas que em poucos meses me senti completamente ligado a elas, pude ver uma enorme afinidade que existia entre a gente, o laço que foi formado foi tão grande, tão bom que hoje em dia não me vejo sem essas pessoas.

É tão bom esse sentimento de afinidade, de cumplicidade que conseguimos criar com alguém. É como se encontrassemos uma outra parte da gente, a ligação é tão forte que as vezes um simples olhar pode dizer muito mais que palavras, que sentimentos, e isso que é bom na afinidade, quando podemos deixar de lado as palavras para expressar com o corpo todo o que sentimos pelo outro.

A afinidade não é medida pelo dinheiro, nem tão pouco pela cor das pessoas, acho que nem sei explicar como acontece e como pode ser medida, afinidade é algo pra ser vivido, experimentado, só assim seria possível compreender. Ela também não necessidade de estar próximo, de ser alguém muito perto de você, a afinidade é capaz de fazer com que pessoas que moram a centenas de quilometros se sintam mais próximas, ligadas por uma força maior.

Crie laços com as pessoas, veja o quanto isso pode te fazer bem, e se caso algum dia esse laço parecer que pode ser quebrado, não desanime, vá lá e faço outro. Uma vez que a afinidade existe, ela não vai se quebrar, o máximo que pode acontecer é precisar de um laço novo e bem feito.

Afinidade acontece...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Bagunças.

Parando para olhar a mesa onde trabalho eu vejo: papéis em branco, papeis anotados, clipes, lápis, canetas, calendário, grampeador, recibo, pastas, documentos, talões, telefone, cartões, corretivo, cola, régua, contas, alcool, ordem de serviço, apontador, borracha, bloco de notas, e mais um mundarel de coisas que eu não faço a mínima idéia de pra que servem. Mas a questão é o seguinte, se a minha mesa tá assim, toda bagunçada, como estaria a minha vida? E a sua? Está organizada? Ou apenas servindo de depósito para milhares de pensamentos e emoções?

As vezes passamos dias recolhendo tanta informação, acumulamos tantos pensamentos, guardando tanta coisa só pra gente, que parece que nossa vida vira de cabeça pra baixo, nos perdemos até de nós mesmos em alguns dias, fica difícil até de encontrar sentido na vida.

Se você pudesse fazer uma faxina em você, se pudesse dar uma reorganizada nas coisas ae dentro, o que faria? Retiraria tudo, colocaria em sacos e descartaria? Ou mudaria, reciclaria, transformaria tudo que tem ae em algo novo, produtivo?

O diferença entre a bagunça convencional e a nossa bagunça de vida é que na convencional podemos jogar fora tudo aquilo que não queremos e esperar que passe um caminhão e leve isso embora. Agora o que fazer com nossos pensamentos, emoções e sentimentos? Tenho certeza que não teremos um caminhão pra vir e levar tudo isso embora.

A resposta é fácil, mas pratica-la nem tanto. Sócrates sempre diz que nada permenece o mesmo, tudo muda, e é exatamente isso que devemos fazer em relação a nossa bagunça, devemos recria-la, usar de uma maneira saudável. Sentimentos, emoções, nada disso foi criado para ficar guardado, devemos expressa-los e direciona-los a quem quer que seja, e caso sejam sentimentos ou emoções ruins, muda-los para algo melhor.

Nossa mente tende a nos aprisionar no meio de tanta bagunça, e muitas vezes deixamos passar momentos perfeitos na nossa vida, por ficar se revirando no meio de tanto lixo. Não tenha medo de mudar essa bagunça, ache a melhor maneira de utiliza-la, as vezes só é necessário um pouco de organização para achar o sentido da sua vida.

Retire o lixo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

bastidores rosa de saron

Contribuindo pra campanha da Ana. Minha parceira de grandes debates e discussões, fora amiga de longa data pra aturar os problemas. =)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Um bom discípulo.

Podemos considerar essa nova postagem como uma continuídade do meu outro texto sobre mestres. Não tem como falar de mestres sem falar de seus alunos, e muito menos o contrário, acho que um completa o outro, são duas partes interligadas.

Um bom discípulo sabe encontrar um mestre em diferentes lugares ou ocasiões. O fato de não ter um senhor de idade ou uma mulher asiática como mestre não significa que não se pode aprender com o que temos, tudo pode nos ensinar, pessoas, animais, exemplos, e em alguns casos até a própria natureza.

O que define um bom ou mal discípulo não é o mestre, e sim a sua própria atenção. Tive a oportunidade de participar de várias palestras esse final de semana e vi que todos ali na frente tinham algo de bom a ensinar, algo novo pra mim, mas que em algumas delas não pude prestar atenção porque estava completamente disperso, com a mente cheia de lixo.

Pra quem é acostumado a falar e quase nunca a ouvir, tentar ser um bom discípulo seria o mesmo que ensinar balé pra um macaco, praticamente impossível. Uma das características fundamentais para se aprender algo na vida é ouvir, ser um bom ouvinte. Não ouvir só com os ouvidos, mas com o corpo todo, é escutar o que o corpo de alguém fala, canta e muitas vezes escutar até no silêncio o que a outra pessoa tem a dizer.

É possível aprender só de olhar, muitas vezes nem trocar nenhuma palavra. Acho que essa deve ser outra característica para um bom aluno. Ter a sensibilidade de ver nos olhos do outro e compreender tudo o que ele tem pra dizer mas que com palavras não seriam suficiente.

Você é um bom aluno? Aprende com facilidade? Não tenha medo de assumir suas limitações, seja capaz de encontrar um mestre quando preciso, aprenda a tirar lições de tudo o que se passa na sua vida, talvez a melhor maneira de se aprender é com suas próprias experiências, são delas que vem o maior aprendizado para seu próprio dessenvolvimento.



"Se minha vida fosse baseada em tudo que aprendi até agora, veria o quão vazia ela é. A única certeza que tenho, é que mesmo quando chegar ao final, não terei aprendido nem metado que imaginava saber."